Em torno dos meus 11 ou 12 anos, minha mãe foi transferida da UFF – Campus Praia Vermelha para a Editora da UFF. Lembro-me de quando a conheci pela primeira vez em meio a plásticos que cobriam os móveis em volta... A editora estava em reforma e eu a vi passar de um marrom claro a um branco ofuscante com cara de empresa! Ela viria a ser um lugar onde eu estaria frequentemente, quase ao ponto de eu ser como um membro da equipe, só que em uniforme de colégio!
Todos sabiam do meu amor por livros, mas foi no Ensino Médio que ele se voltou, especificamente, para a sua fabricação: eu enchia a boca para dizer que minha mãe trabalhava na Editora da UFF e amava ir lá simplesmente para estar naquele ambiente! Soa como uma escolha óbvia, porém eu considerei cursar Produção Editorial na faculdade e foi nesse espaço que se plantou em mim o começo desse interesse... Tanto que, no início de 2020, eu fiz um estágio lá e senti como se ele tivesse sido construído desde antes, quando eu era apenas a filha da Luana que ficava naquela sala de vez em quando com eles...
Nesses momentos, os funcionários me conheciam e minha mãe sempre falava que o Jesus iria editar o meu livro! E, por mais que eu tenha me afastado da vocação editorial, a escrita em mim era certa e não fazia sentido lançar o meu primeiro livro em outro lugar: eu queria marcar o começo da minha jornada aonde ela teve seus primeiros vislumbres reais... Afinal, mesmo que a literatura seja do reino do abstrato, são as editoras que lhes dão essa forma concreta, e acredito que os meus anos vividos lá mereciam uma resposta de que fim levaria aquela garotinha cujo sonho era se tornar escritora!
De certo modo, a EdUFF é um dos pontos que, no futuro, serão reconhecidos como a origem da minha história profissional, e terá pedacinhos de mim nesse passado tão simples em que tudo era especulação, mas que hoje ressoa bem vivo nesse título que eu, enfim, carrego! 👩🏻💻✍🏻💚
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