Eu me lembro da minha infância preenchida da minha família e de alguns adultos que, por vezes, apareciam: a minha querida madrinha Claudie, que faz um trio com minha mãe e tia Leana, a tia Cláudia, que conhece minha mãe desde pequena, e o tio César, que são nossos dentistas, a tia Maria Geny e o Marcelo, que conheciam os meus avós da Porciúncula de Sant' Anna, a tia Tereza e o tio Mickey, que já vêm de longa data com meus pais, as mães da Terapia Feminina... Eram figuras nas quais se podia ver a história que compartilhavam com os meus pais e, por conta disso, havia certo carinho nos seus olhares para mim...
Era um tempo em que tudo era possibilidade e não havia nada com que me preocupar, pois o grupo inteiro estava ali para me ajudar... Se eu pudesse retratar, diria que as risadas e taças de vinho revelavam o trono do lugar em que eles sempre sonharam estar, cujo ápice de suas vidas não tinha nada mais que eles não pudessem controlar...! 🍷
Esses homens e mulheres residem em mim e não existe uma Bárbara sem as histórias dos meus pais e deles... Eu os tenho como estrelas-guia distantes, inclusive os que vieram depois, como o Gustavo e a Jandira da Filosofia Clínica.
Por isso, eu queria agradecer por mais do que terem ido ao lançamento do meu livro: queria agradecer por terem, simplesmente, estado comigo durante a criança que eu fui e mal concebia o que era viver, a adolescente insegura e inocente que, ocasionalmente, esperneava, ou a adulta que ainda é uma incógnita do que será... Quero agradecer por terem visto valor na menina que poderia ter sido qualquer uma, porém foi uma espécie de memória do Jorge e da Luana! Eu carrego, em cada palavra, ação e gesto, um pouco dos espíritos desses jovens dos anos 1970 e 1980, que não tinham ideia de que, no futuro, se encontrariam para terem uma filha que seria, de um jeito ou de outro, um legado dos seus amigos também! ☺️💚
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